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Execução, benefícios, formas de utilização e os óleos essenciais a usar.

Compressas aromáticas. O que são?

As compressas aromáticas são gazes ou panos embebidos numa mistura de água, óleo vegetal e óleos essenciais que se preparam para fins de tratamento de aromaterapia, em aplicação tópica e que consistem numa alternativa muito eficaz sempre que se pretende prolongar o contacto dos óleos essenciais com a pele, numa determinada área de tratamento no corpo.

As situações mais frequentes de aplicação das compressas são o alívio de dores, inchaço, inflamações e cortes superficiais, podendo ser aplicadas frias ou quentes, em função da situação.

O controlo da dor foi o que me fez recorrer à aromaterapia e o motivo pelo qual vos quero falar de compressas aromáticas, uma solução duradoura e eficaz para aliviar a dor.

Preparação

Para a preparação das compressas para fins de tratamento de aromaterapia são necessárias compressas de gaze de algodão puro ou panos, de algodão ou linho puro, de textura macia e absorvente (de tamanho variável em função da zona a tratar), um óleo vegetal, um óleo essencial ou mais, a selecionar em função da situação, água destilada ou desmineralizada, fria ou quente e um recipiente de porcelana ou de vidro para a sua preparação.

No recipiente colocam-se em primeiro lugar todos os líquidos e de seguida colocam-se as compressas de modo a absorverem a mistura de água e óleos.

A aplicação das compressas deve ser feita de imediato à sua preparação, podendo no entanto ser guardadas por um breve período de tempo num recipiente fechado, ao abrigo da luz e de variações de temperatura.

Por uma questão de segurança, importa garantir que a quantidade do óleo vegetal e dos óleos essenciais a utilizar deve ser sempre de acordo com as regras de diluição dos óleos essenciais. A quantidade de água a utilizar dependerá do tamanho da área a tratar.

As compressas frias são geralmente indicadas para o tratamento de inchaços, inflamações, febre, dores de cabeça, queimaduras, picada de insetos, herpes, urticária.

A temperatura da água a utilizar na preparação deverá rondar os 20 º C, no entanto para prolongar o efeito em certas situações, como é o caso dos inchaços, pode-se aplicar por cima da compressa um saco de gel frio para manter a temperatura ou intensificar o efeito frio.

As compressas frias, tal como noutras situações de aplicação de frio, porque este diminui o fluxo sanguíneo do local onde é aplicado, devem ser aplicadas por um periodo máximo de cerca de 15 minutos com pausas de 30 minutos, no máximo de 5 vezes por dia e apenas por um período de 48 horas após o episódio que esteve na origem, sendo a situação mais frequente, o caso de inchaços causados por pancadas, quedas e entorses.

As compressas quentes são por regra mais utilizadas para o tratamento de cãibras, cólicas menstruais e abdominais, dores reumáticas, musculares e contraturas e também para aliviar os sintomas das dores de ouvido.

A temperatura da água a utilizar na preparação deve ser a da temperatura do corpo, cerca de 36ºC, podendo ir no máximo até aos 45ºC, que corresponde também a uma temperatura que não compromete o efeito terapêutico dos óleos essenciais. Neste caso também pode ser aplicado, por cima da compressa, um saco de gel quente para manter a temperatura e sempre que a temperatura exterior seja substancialmente inferior.

Existem no entanto situações em são utilizadas compressas ligeiramente quentes ou mornas, de temperatura abaixo dos 35º C, e que são as associadas com o tratamento de problemas de pele, pele seca, oleosa, inflamada e todas as condições de pele irritada.

As compressas quentes, contrariamente às frias, estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos, promovendo diminuição da tensão muscular e relaxamento. De modo genérico, podem ser usadas em situações de dor, torcicolos, manchas roxas na pele, inflamações com formação de pus, edemas e hematomas após 48 horas de episódio traumático.

Estas compressas também devem ser aplicadas por períodos de cerca de 15 minutos, no máximo 4 vezes por dia e com pausas de cerca de 2 horas, não existindo todavia um período máximo para a sua aplicação, podendo ser aplicadas durante vários dias consecutivos para aliviar dores e desconfortos crónicos musculares e articulares.

Em casos muito especificos, como é o de situações de tratamento pós-imobilização ou cirurgia ortopédica, podem ser aplicadas alternadamente compressas frias e quentes, mas somente de acordo com prévia autorização médica. 

Quais os Óleos Essenciais que devemos usar?

Como referi inicialmente a escolha dos óleos essenciais a utilizar para a preparação das compressas estará sempre associada com o tratamento a realizar. Todavia, o óleo essencial de Hortelã Pimenta (Mentha piperita) pelo efeito refrescante que provoca, é uma excelente opção para a preparação de compressas frias, e o de Sálvia Esclareia (Salvia sclarea linnaeus) para compressas quentes, em caso de cólicas menstruais.

A utilização unicamente de hidrolatos para a preparação das compressas é uma alternativa a ter em consideração no caso de crianças, idosos e pessoas com a pele muito sensível, bem como para aplicação em certas zonas do corpo, como é o caso dos olhos 

 

Maria de Fátima Rosado