Quando se desconfia da possibilidade de se ter uma doença oncológica, só a desconfiança, por si só, gera uma ansiedade e um stress enorme.
Em alguns casos, quando essa confirmação é validada pelos resultados dos exames médicos, a ansiedade e o mau-estar emocional vêm quase sempre para ficar.
O stress, a ansiedade e o nervosismo claramente não são positivos na nossa vida, ainda menos para os doentes oncológicos que têm todo um processo moroso e delicado pela frente.
Quando se fala em ansiedade, normalmente, temos presente na nossa mente o recurso a ansiolíticos. A aromaterapia pode ser um excelente auxílio no tratamento deste tipo de patologia recorrendo a produtos naturais – óleos essenciais.
Sabias que o Silexan, um dos medicamentos usado no tratamento da ansiedade, é composto por Óleo Essencial de Lavanda (Lavandula angustifolia)? E que foram feitos estudos científicos em humanos que comprovam a sua eficácia?
Silexan in anxiety disorders: Clinical data and pharmacological background – PubMed (nih.gov)
É verdade que este artigo menciona apenas a eficácia do Silexan, sem nunca se referir à eficácia do componente que lhe deu origem, o óleo essencial de Lavanda (Lavandula angustifolia).
No entanto, existem outros estudos, também eles científicos, realizados em animais e humanos, em que se demonstra a possível eficácia do óleo essencial de Lavanda como ansiolítico.
Deixo-vos uma revisão científica, a meu ver bastante interessante e completa, sobre a Lavanda e o Sistema Nervoso.
Nesta revisão podemos encontrar, de forma resumida, informação básica sobre a Lavanda e os mecanismos de ação desta no sistema nervoso.
É apresentado um resumo dos estudos feitos em animais e diferentes estudos efetuados em humanos onde se aborda a possível eficácia da lavanda a vários níveis (ansiedade, depressão, sono, e alívio da dor), acabando com a avaliação da sua segurança.
Existem ainda estudos onde testam o efeito ansiolítico da Lavanda (Lavandula hybrida) em pessoas com patologia oncológica, antes e depois de tratamentos de quimioterapia.
No artigo que se segue, não só os resultados são promissores no tratamento da ansiedade, como ainda, a inalação da mesma aumenta a qualidade do sono.
Normalmente, em aromaterapia, é unânime o aconselhamento do óleo essencial de Lavanda quando se abordam problemas como o sono, ansiedade, depressão, entre outros.
No entanto, existem outros óleos que também foram submetidos a estudos científicos neste âmbito.
O óleo essencial de Laranja (Citrus sinensis) também parece ser promissor no alívio da ansiedade. Desafio-te a dares uma espreitadela ao artigo que se segue…
Effect of sweet orange aroma on experimental anxiety in humans – PubMed (nih.gov)
No caso de estar, ou de se ter confrontado contra uma patologia oncológica, venho humildemente pedir a vossa participação no inquérito, com o propósito de percebermos quais as vossas necessidades e em que medida a aromaterapia vos poderia auxiliar, de modo a nos ajustarmos, dando-vos o melhor apoio possível.
Algumas dicas de utilização da Aromaterapia, no auxílio ao stress e ansiedade:
O Óleo Essencial de Lavanda (Lavandula angustifolia), utilizado através da difusão ou topicamente, devidamente diluído, tem uma ação muito positiva combatendo o stress, a apatia e a ansiedade.
De forma a potenciar os efeitos calmantes, pode adicionar o Óleo Essencial de Laranja (Citrus sinensis).
Para mais dicas, descarregue de forma gratuita o e-book com 13 práticas naturais para o doente oncológico.
13 práticas naturais PARA O DOENTE ONCOLÓGICO
O Livro Digital (e-book) que te vai ajudar a descobrir mais sobre soluções naturais em quadros clínicos sensíveis.
Os teus dados vão ser utilizados apenas para comunicação por e-mail sobre esta aula ao vivo e todos os conteúdos associados.
Advertência:
Nunca será demais salientar que, quer no caso dos doentes oncológicos, quer no caso de qualquer outra patologia, a Aromaterapia, bem como qualquer outra terapia complementar, deve sempre caminhar lado a lado, de mãos dadas com a medicina convencional.
No caso concreto das doenças oncológicas, toda a abordagem da medicina convencional deve ser seguida à risca, sendo que a aromaterapia vai, nomeadamente, minorar os desconfortos causados pelos efeitos secundários dos tratamentos.
A Aromaterapia recorre a extratos naturais, puros, biológicos, que contém químicos naturais.
Desta forma, as sugestões acima mencionadas devem ser ajustadas a cada caso, sendo seguido pelo seu médico e aromaterapeuta, de forma a que não exista interferência entre os tratamentos. Note-se ainda que, no decorrer do tratamento de quimioterapia, o recurso a terapias complementares deve ser reduzido ou mesmo inexistente. Nos restantes tratamentos, é necessário a verificação da interferência terapêutica, de forma a não comprometer os mesmos.
O doente oncológico, deve privilegiar o uso da difusão (ativa ou passiva), deixando o uso tópico para situações mais específicas e devidamente aconselhado.
A ingestão dos Óleos Essenciais não é referida por não ser recomendado neste grupo em específico.
Existe sim, a possibilidade de complementar os tratamentos convencionais, por forma a minimizar os efeitos secundários dos mesmos e proporcionar bem-estar físico e emocional ao doente oncológico, mas é imprescindível que seja ajustado a cada caso e devidamente acompanhado pelo seu médico e por um aromaterapeuta.
Sophie Dias